27/11/2011 00:16
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido popularmente como "derrame cerebral", poderá ser um desastre à saúde pública, caso não seja tratado com seriedade em ações conjuntas entre o poder público e a sociedade. No Brasil, segundo estudo do movimento “Action for Stroke Prevention” (Ação para a prevenção do AVC), cerca de 1,5 milhão de pacientes convivem com fibrilação atrial (FA), tipo de arritmia cardíaca que é uma das principais causas de derrame cerebral. O país lidera ainda o ranking latino-americano de mortes por acidente vascular cerebral, com mais de 129 mil casos por ano.
Dados da Organização Mundial do AVC (World Stroke Organization) também trazem dados de alerta: uma em cada seis pessoas terá um AVC durante a vida. Hoje a doença já é considerada a segunda causa de morte no mundo, perdendo apenas para o câncer, e a primeira causa de morte e sequelas neurológicas no Brasil.
Neste sábado, 29, foi o Dia Mundial do AVC. Para marcar a data, ao longo da semana os hospitais universitários da UFPA estão envolvidos em ações conjuntas com o Laboratório de Neuroproteção e Neurorregeneração Experimental (LNNE) do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Pará (ICB/UFPA) para conscientizar a população sobre a doença.
Doença - O médico e cirurgião Milton Francisco de Souza Júnior, que atua em hospitais da rede pública e privada em Belém, explica a que o acidente vascular cerebral são comprometimentos vasculares isquêmicos e vasculares, que ocorrem diante de fatores predisponentes. Entre os mais acentuados hoje estão a pressão arterial, diabetes, obesidade, estresse, drogas lícitas e ilícitas, em especial a cocaína, entre outros. O AVC hemorrágico é mais comum nas pessoas entre 25 e 55 anos. Após os 60, é o AVC isquêmico.